Doutorado: Envigoração da Convecção Profunda? Uma análise dos sistemas convectivos na Amazônia e do papel da termodinâmica e dos aerossóis

1. Profa. Dra. Rachel Ifanger Albrecht - IAG/USP
2. Prof. Dr. Micael Amore Cecchini - IAG/USP
3. Dr. Luiz Augusto Toledo Machado – IF/USP - por videoconferência
4. Dr. Thiago Souza Biscaro – INPE - por videoconferência
5. Dr. Rômulo Augusto Jucá Oliveira - Hydro Matters/França- por videoconferência

As interações nuvens-aerossóis-precipitação apresentam as maiores incertezas em modelos climáticos globais, principalmente o efeito microfísico do aerossol no desenvolvimento das nuvens. A hipótese de envigoração, que atribui a intensificação da convecção à concentração maior de aerossóis, permanece um tópico aberto de pesquisa, com diversos trabalhos confirmando ou negando a hipótese usando observações e/ou modelos numéricos. Este trabalho visa contribuir para a discussão compilando os sistemas convectivos que ocorreram durante o experimento GoAmazon 2014/5 utilizando estimativas de radar, raios e condições de superfície, incluindo termodinâmica e aerossóis. 5976 sistemas convectivos com ciclo de vida completo dentro da cobertura do radar foram identificados, sendo 47% deles com duração de até 1h, mais frequentes durante as estações chuvosas e de transição e no final da manhã/começo de tarde. Os sistemas com raios foram mais frequentes nas estações seca e de transição seca-chuvosa. 335 (180) sistemas convectivos com dados de iniciação convectiva dentro de 25 (10) km foram selecionados, e a classificação por grupos mostra uma relação maior entre parâmetros de convecção e iniciação termodinâmica do que convecção e aerossóis. Mesmo destacando os clusters de sistemas convectivos com maior representatividade de aerossóis, não foi possível observar correlações significativas entre intensidade da convecção e concentração de aerossóis que indiquem a envigoração da convecção profunda.

Palavras-chave: Envigoração de nuvens, GoAmazon, Rastreamento por radar, Iniciação convectiva