Procura por características peculiares no gás em torno de aglomerados estelares jovens

Autor Thaina Aragao Sabino
Orientador Jane Cristina Gregorio Hetem
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2022
Palavras chave Aglomerados abertos
Formação estelar
Meio interestelar
Departamento Astronomia
Resumo

Aglomerados estelares jovens são associados a berçários estelares e desempenham um importante papel no enriquecimento químico da Galáxia. São peças fundamentais no entendimento da formação e evolução das estruturas em escalas galácticas. No entanto, os processos que estão relacionados à formação dos aglomerados e as condições do meio em que se desenvolvem ainda permanecem como questões Astrofísicas a serem solucionadas. Visando contribuir para o atual cenário, o presente projeto é dedicado ao estudo detalhado das condições do gás que envolve os aglomerados estelares jovens NGC 3572 e NGC 3590, bem como os efeitos produzidos pelas estrelas que os compõem por meio de observações em 4 bandas realizadas com o instrumento SAMI do SOAR, complementados com dados fotométricos 2MASS e WISE. Identificamos um total de 37 e 42 membros e, 32 e 34 candidatas (prováveis membros) para os aglomerados NGC 3590 e NGC 3572, respectivamente. Os critérios adotados para avaliar a pertinência foram relacionados aos valores de movimento próprio: (6.12, 1.05) ± 0.11 mas/yr para NGC 3590, e (6.25, 2.04) ± 0.15 mas/yr para NGC 3572. As isócronas do PARSEC mostram que NGC 3572 é um objeto bem mais jovem que NGC 3590, com idade de apenas 3 Myr enquanto que NGC 3590 tem 25 Myr. A distribuição em paralaxe dos membros apontou que os aglomerados estão localizados aproximadamente à mesma distância. Estimamos paralaxe de 0.39 ± 0.02 mas para NGC 3590 e 0.4 ± 0.06 mas para NGC 3572. Em NGC 3572 destacamos o glóbulo em fotoevaporação, o entorno às estrelas massivas e uma pequena nuvem a Noroeste. O corte na região do glóbulo mostrou detalhes de um arco brilhante que define a borda do glóbulo e um pequeno anel interno e evidenciou a existência de um gradiente radial em emissão, fortalecendo a hipótese descrita por Smith et al. (2003) de que a estrutura pode estar sendo ionizada de fora para dentro.

Anexo ThainaSabino_dissertacao_corrigida.pdf