Sistemas Convectivos de Mesoescala em Eventos de Água Precipitável Extrema em São Paulo

Autor Renan Muiños Parrode de Godoy
Orientador Ricardo Hallak
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2024
Palavras chave Água Precipitável
SCM
Sistemas Convectivos de Mesoescala
WRF
Departamento Ciências Atmosféricas
Resumo
O principal objetivo deste trabalho é demonstrar a associação entre extremos de água precipitável (Pwat > 48 mm) e Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCMs) intensos durante o verão no estado de São Paulo. Além disso, identificar se há padrões meteorológicos relacionados a esses eventos. Para análise das condições que levaram ao desenvolvimento de quatro eventos convectivos, foram utilizados dados observacionais, análises do modelo Global Forecast System (GFS) e simulações do modelo Weather Research and Forecasting (WRF). Os resultados revelaram padrões sinóticos comuns a todos os casos analisados: uma frente fria semi-estacionária no Oceano Atlântico, um centro de baixa pressão relativa próxima à costa de São Paulo, a presença da Alta da Bolívia e altos valores de e na região. As análises mostraram que os escoamentos em baixos níveis favoreceram a convergência de umidade e, como consequência, o aumento observado de Pwat pela radiossondagem do Campo de Marte. Apesar dos valores extremos de Pwat, a estação meteorológica de Mirante de Santana não registrou grandes acumulados de precipitação. No entanto, danos socioeconômicos associados aos SCMs foram reportados pela mídia em outras cidades do estado. A simulação do modelo WRF reproduziu o SCM conforme o observado. Testes estatísticos indicaram que a inicialização mais próxima à ocorrência do evento e a parametrização de microfísica Thompson apresentaram os melhores resultados para o caso de 04/01/2019. Diversos índices de instabilidade atmosférica foram calculados e indicaram a instabilidade na região, com o índice Gálvez-Davison destacando-se na estimativa das áreas propensas à convecção.
Anexo d_RenanGodoy_Corrigido_2024Compress.pdf